Quais foram os caminhos abertos pela pandemia
O varejo é um dos mercados mais tradicionais do mundo dos negócios, além de impulsionar a economia da maioria dos países. Com a pandemia e o isolamento social, muitos negócios tradicionais se viram obrigados a colocar as suas operações do presencial para o digital. Esta transição trouxe muitos desafios por um lado, mas também gerou um universo de oportunidades.
Mas o que é varejo afinal
Varejo é todo negócio que comercializa diretamente com o consumidor final. O mais tradicional e conhecido é o varejo alimentar, desde os supermercados até as mercearias e panificadoras, este varejo está intrínseco na nossa sociedade.
Este comércio direto com o consumidor final trouxe para o varejo uma grande importância econômica, e construíram-se grandes conglomerados de sucesso, tanto nacionais quanto internacionais.
Como o sucesso vem para o varejo com grandes quantias de dinheiro, este sucesso aparente e constante tem afastado este mercado das principais inovações. Diferentemente da indústria automobilística, por exemplo, que precisa inovar para disputar a atenção do cliente, no varejo alimentar, por exemplo, a disputa é pelo preço.
A pandemia veio para reforçar esta fragilidade neste setor, a sua dificuldade para implementar mudanças e inovar. Com a necessidade de sair do presencial para o online, muitas empresas dividiram esforços comprando soluções digitais prontas. Mas as empresas não estavam preparadas para esta digitalização, e ainda estão passando dificuldades para implementar esta cultura.
Se funciona, precisa mudar?
O varejo é muito resiliente, principalmente o varejo alimentar. Vemos crises econômicas globais, crises econômicas nacionais e crises políticas afetarem diversos setores da sociedade. Mesmo assim, dificilmente vemos supermercados fechando. E a razão é simples, faça chuva ou faça sol, a população precisa comer.
“Eu não tenho dúvidas de que mudar é preciso, evoluir é preciso, e de que o sucesso que trouxe as empresas até aqui não necessariamente as leva para o futuro.”
Sergio alvim, varejo sa
Esta é a opinião de Sérgio Alvim, da Varejo SA, que trabalha a comunicação para o setor há mais de 20 anos. A pandemia só veio antecipar a necessidade destas mudanças para o gigantes do varejo.
O varejo sozinho tem muita dificuldade para promover esta transformação digital, porque todo o time dele vem com esta pegada analógica. É preciso começar a oxigenar o time, e estando em contato com a inovação, esta cultura vai aos poucos sendo passadas.
Quando olhamos o cenário, vemos o governo colocando muito dinheiro para subsidiar a pandemia, por outro lado, vemos uma grande fuga dos insumos para a exportação por causa da alta do dólar. O perigo está em não reservar um tempo para olhar para o futuro.
Quais as saídas para o varejo
“Você tem que estar preparado para competir em alto nível. Não é só comprar e vender bem não.” É a opinião de Sérgio Alvim. E contrapondo o que disse Sérgio, Kauana Vissotto, CEO da Condor Connect, deixa a dica:
“Tem que pegar o ano de 2020, entender todas estas transformações, tentar mudar esses processos com redução de custos e aumento de eficiência, para chegar em 2021 forte para o que pode ser que venha a acontecer.”
Hoje o varejo está sendo muito demandado por ferramentas de tecnologia. Mas ferramentas de tecnologia resolvem uma parte do problema. Para promover toda esta transformação o varejo precisa de ajuda, de pessoas que entendam da inovação e que possam trazer este processo de transformação para dentro da empresa.
Investir em inovação aberta, e trazer o poder de fogo das startups para acelerar este processo de redução de custos e aumento de eficiência é uma alternativa viável para inovação do varejo. E as empresas de lucro real ainda podem deduzir este investimento em inovação da Lei do Bem.
Saiba mais assistindo na íntegra o vídeo:
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