Esse processo ganhou força na
pandemia e deve se intensificar ainda mais nos próximos anos, como aponta
Fabrizio Monich Marzall, CEO da Liquida.se
O
coronavírus deixou o planeta em alerta e foi responsável por uma verdadeira
reviravolta nos hábitos de consumo. O momento pandêmico acelerou as
transformações tecnológicas e, devido à necessidade de isolamento social, fez
com que o varejo buscasse novas formas de atuação.
Por essas e
outras razões, o varejo digital é um caminho sem volta. Dados do Euromonitor revelam
que, até 2025, a expectativa é que o comércio eletrônico atinja US$ 50 bilhões,
o dobro do verificado em 2020. Outras pesquisas apontam números altamente
positivos dessa expansão do setor para o mundo on-line.
O
“phygital”, ou seja, união entre o varejo físico e o digital, tornou-se um
desafio para quem atua na área e a experiência integrada tornou-se quase como
um mantra para as empresas que querem crescer e se tornar competitivas. Quem
der as costas para esse processo, com certeza corre o risco de sucumbir.
De olho
nessa tendência, a startup Liquida.se nasceu com a missão de resolver uma dor
típica do varejo: os estoques parados. A empresa, criada em 2019, é uma
plataforma B2B de marketplace, que promove a necessária integração entre a
indústria e o comércio.
Para o CEO
da Liquida.se, Fabrizio Monich Marzall, era ainda muito analógico todo o
processo que envolvia saldos e pontas de estoque. “Nosso trabalho está também
em encurtar processos, minimizar perdas e reduzir custos”, fala o especialista.
Varejo atento à experiência do consumidor
Sem dúvida alguma, o
varejo não pode fechar os olhos para as mudanças aceleradas nos hábitos do
consumidor. Cada vez mais conectados, os potenciais clientes se acostumaram e
aprovaram as vantagens das compras on-line.
De acordo com um
levantamento da GSMA, o número de usuários de internet móvel no planeta chegou
a 4,2 milhões em 2021. O 5G e as possibilidades oferecidas pelo metaverso devem
incrementar ainda mais as dinâmicas varejistas.
Para Marzall, essas inovações são um caminho sem volta e é preciso acompanhar esse fluxo de forma eficiente.
“Apostem nisso. Para quem ainda tem dificuldades de implantar as disrupções necessárias, sugiro que se conectem ao ecossistema para entender o caminho que deve ser adotado e qual é a melhor velocidade para o seu negócio”, completa.
Vale lembrar que o
estudo “The State of Commerce 2021”, da Kantar, aponta que a principal motivação de um consumidor ao optar por
adquirir um produto em um marketplace está na conveniência. O levantamento traz
um dado surpreendente: o preço não é o fator mais importante de decisão, mesmo
em países com mais problemas sociais e econômicos.
Na prática, o preço
ocupa a 4ª posição. Depois da conveniência, vem a variedade de ofertas e a
comparabilidade (o “shoppabilitity”), ou seja, a experiência de compra de uma
maneira geral.
Dessa forma, é
essencial o investimento do varejo na experiência do consumidor. Essa medida
inclui, por exemplo, um site responsivo ou aplicativo com boa navegabilidade
até a integração com ferramentas, como as carteiras digitais, para dinamizar o fluxo de compra.
É fundamental promover
também a integração com os meios de pagamento, além de oferecer programas de
fidelidade e outros benefícios. Todas essas iniciativas geram percepções
positivas dos clientes.
Para manter o
consumidor cada vez mais conectado ao varejo, os players estão diversificando
as soluções por meio de parcerias, da aquisição de startups e outros negócios.
Prova disso é o Pão de Açúcar que, para garantir entregas mais rápidas, comprou
a James Delivery recentemente.
Fabrizio
Monich Marzall reforça que quem resolve problemas também gera soluções, ou
seja, a digitalização do varejo veio mesmo para ficar e promete números ainda
mais expressivos para os próximos anos. Estar apto à transformação é o
passaporte para bons negócios!