Quer empreender? Explore as possibilidades do mercado pet

De acordo com a Abinpet, há 142,1 milhões de bichinhos de estimação, representando 44,3% dos lares brasileiros. Bruno Watanabe mergulhou nesse universo e busca soluções inovadoras para garantir o bem-estar desses companheiros tão especiais

 

Com a pandemia, tornaram-se ainda mais fortes os laços de afeto entre tutores e animais de estimação. Essa relação, que já era intensa e se fortaleceu com as mudanças impostas pelo coronavírus, também é sinônimo de oportunidades de negócios.

 

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet),  as perspectivas de expansão  do setor para 2024 são pra lá de otimistas. A previsão projetada é de uma taxa anual de crescimento em torno de 15%, que representa uma movimentação de R$ 64,3 bilhões.

 

Bruno Watanabe nada de braçada no mercado pet há mais de 5 anos. A paixão por cachorros foi o ponto de partida para uma iniciativa inovadora, como ele revela em mais um episódio do programa de streaming “Quebrando a Cuca”.

 

Bruno se dedica há pouco mais  de uma década  ao empreendedorismo, mas ele não chegou ao universo pet seduzido por números ou devido a uma análise do mercado. Tudo aconteceu por acaso.

 

Após a mal-sucedida experiência à frente de uma loja de semijoias, ele ingressou em uma startup e as primeiras remunerações eram destinadas a pagar dívidas. Para incrementar o orçamento, como morava em uma casa ampla, passou a hospedar cães.

 

A ideia do hotel canino causou uma reviravolta incrível na jornada empreendedora de Bruno.

“Sempre amei cachorros. Com a hospedagem dos cães, foram vindo os insights essenciais para chegar ao modelo de negócio da Mascote Fit”, comenta.

 

Há mais de meia década, a startup, do nicho PetTech,  coleciona números impressionantes. Em uma cozinha industrial, que ocupa cerca de mil metros quadrados, são produzidas aproximadamente 9 toneladas de alimentos por mês.

 

Bruno Watanabe se aprofundou nas pesquisas sobre nutrição animal e se deparou com dados alarmantes em torno da produção de ração e da saúde dos pets. De acordo com ele, 1 a cada 2 cachorros desenvolve câncer.

 

Com a Mascote Fit, o fundador e CEO da empresa aposta em comida de primeira linha, que não deve nada em relação à qualidade dos itens usados também na dieta humana, para assegurar uma vida mais longa, saudável e feliz a esses amigos tão fiéis.

“A Mascote Fit atende hoje 950 cachorros, alguns há 6 anos já. A gente acredita muito nesse produto”, completa.

 

Com 95% dos clientes em Curitiba e região, além de uma parcela de atendimentos em Chapecó (SC), o desafio hoje é pensar na escalabilidade. Vale lembrar que o trabalho é personalizado e considera todos os dados do pet para garantir uma alimentação balanceada e eficiente, com foco na rotina e disciplina, para combater problemas como a obesidade.

 

Para chegar ao modelo de negócio, Bruno, além de observar hábitos alimentares, fez, por exemplo, cursos voltados à alimentação natural. Os feedbacks são bem positivos, destacando-se quesitos como a boa pelagem dos cães atendidos.

 

Bruno lembra que o mercado pet brasileiro é o 3.° maior do mundo. A Abinpet estima que há cerca de 142,1 milhões de animais domésticos no Brasil, o equivalente a 44,3% dos lares brasileiros. Desse total, 54,2% são cães, 29,1% são gatos, 10,2% são aves, 4,6% são peixes e 1,9% são outros bichinhos.

 

Independentemente da área escolhida, Bruno tem um recado certeiro a todos os empreendedores de plantão:

“Não existe o self-made man, pessoas que se fazem sozinhas sem precisar de ajuda. Qualquer projeto para crescer precisa de conexão, aprendizado e relacionamento”, fala.

 

PetTech é um mar de oportunidades

 

Veja algumas possibilidades:

 

1. Pensando na segurança dos bichinhos, dispositivos de rastreamento por GPS estão ganhando popularidade.

 

2. Alimentadores automáticos também estão em alta.

 

3. O investimento em brinquedos interativos também é bem-vindo. Eles estimulam mentalmente os animais e proporcionam entretenimento, especialmente para tutores que passam longos períodos fora de casa.

 

4. As câmeras para pets  permitem que os tutores possam monitorar e interagir remotamente. Esse tipo de equipamento está se tornando cada vez mais comum.

 

 

5. Aplicativos e dispositivos que monitoram a saúde dos pets, rastreando desde atividades físicas até sinais vitais e condições de saúde, também se popularizaram. Prova disso são as coleiras inteligentes.

 

6. Serviços de assinatura, no mesmo estilo do oferecido pela Mascote Fit, que oferecem pacotes de produtos e serviços por assinatura, como entrega regular de rações, brinquedos e acessórios personalizados, também são bem-vindos.

 

7. Planos de saúde específicos para animais de estimação estão se tornando mais populares, minimizando os gastos no caso de emergências médica

O e-commerce e serviços de educação/treinamento também rendem boas oportunidades. Se está em busca de um negócio que abra as portas para um futuro promissor, mergulhe sem medo no universo pet.

 

---

Assista ao episódio 🎙️

Quer saber mais detalhes dessa  jornada empreendedora? Fica a dica: confira o bate-papo de Bruno Watanabe, fundador e CEO da Mascote Fit, com Iuri Lenzi, fundador da Zinz, e a CEO da aceleradora Condor Connect, Kauana Yrina.

A conversa faz parte do programa de streaming “Quebrando a Cuca”, que todas as sextas-feiras (transmitido no Facebook, LinkedIn e YouTube, além de estar disponível no Spotify)  traz temas e convidados de destaque do ecossistema para compartilhar cases e discutir os mais diversos assuntos. Além de compreender detalhes da jornada do empreendedor, dá para ter acesso a insights que realmente fazem toda a diferença.

 

• Acompanhe o “Quebrando a Cuca” também no Spotify. Clique aqui e ouça agora mesmo o podcast.
• Quer mais insights poderosos desse bate-papo? Tenha acesso ao quadro Sem Papas na Língua tornando-se assinante da Comunidade DNA de Inovação. Clique aqui e fique por dentro.