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Comportamento humano e IA: a nova regra do jogo!

Comportamento humano e IA: a nova regra do jogo!
DNA de Inovação
mai. 5 - 10 min de leitura
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Vivemos em uma era de transformações rápidas e profundas, onde a inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente nas organizações, remodelando a forma como lideramos, nos comunicamos e nos relacionamos. Equilibrar a tecnologia com o comportamento humano tornou-se um desafio essencial para quem quer se manter relevante no mundo atual. Neste artigo, inspirado na conversa com Rapha Lobo — professor, palestrante e especialista em comportamento humano, cultura organizacional e IA — vamos explorar as complexidades desse cenário, refletindo sobre como a inovação, a comunicação e as dinâmicas sociais impactam nossa identidade e o modo como vivemos.



 

🌟 Reinvenção e inovação: o caminho da transformação

Rapha Lobo nos apresenta uma trajetória que é, em si, um exemplo de reinvenção e inovação. Formado em educação física e com uma carreira que passou pelo esporte, comunicação e comportamento, ele mostra que aceitar desafios fora da zona de conforto é fundamental para crescer. Ele enfatiza que “se só aceitar fazer aquilo que sabe, você sempre vai ser a mesma coisa”. Essa máxima é um convite para abraçar o novo, aprender com o desconhecido e ganhar “musculatura” para enfrentar os desafios da vida e do trabalho.

Essa postura é essencial em um mundo onde a inovação é constante. O conceito de MVP (Minimum Viable Product), muito usado em startups, traduz a ideia de que é melhor fazer algo “antes feito que perfeito”, ou como Rapha complementa, “o bom não pode ser inimigo do ótimo”. Ou seja, agir com o que se tem, aprender com o processo e evoluir continuamente.



🎤 Comunicação: a arte de se posicionar com autenticidade

Um dos pilares da conversa é a comunicação e o posicionamento pessoal. Rapha destaca que, apesar de ser educador, comunicador e palestrante, prefere não se limitar a uma única definição. Para ele, o importante é ser autêntico e se adaptar às necessidades do momento. Ele compartilha uma frase inspiradora: “Tem tanta dor no mundo que aonde tiver eu tô lá, eu consigo ajudar, eu consigo resolver”. Isso mostra sua visão de flexibilidade e empatia, características essenciais para quem quer influenciar positivamente.

Na comunicação, o posicionamento é vital — mas não deve ser agressivo. Rapha defende que é importante “ser isso e você tem o direito de se aproximar ou não”. Esse respeito pela diversidade de opiniões e pela própria trajetória de desconstrução e reconstrução pessoal é a base para um diálogo saudável.

Ele também faz uma analogia interessante com o jogo de xadrez: cada um deve saber “qual camisa está vestindo naquele momento”. Isso significa que o contexto e o papel que exercemos determinam como devemos nos posicionar.


 

🧠 Comportamento humano: autossabotagem e o ganho secundário

Um dos temas centrais abordados é o comportamento autossabotador, um fenômeno que afeta várias áreas da vida — profissional, pessoal, amorosa. Rapha explica que a autossabotagem está muito ligada ao “ganho secundário”, que é quando uma pessoa faz algo que sabe que não é positivo, mas que, de certa forma, lhe traz algum benefício indireto.

Um exemplo simples é o ato de fumar. Apesar de saber dos malefícios, algumas pessoas continuam fumando porque isso gera preocupação e atenção dos outros. “Se eu não fumo, ninguém vai estar preocupado comigo”, ilustra Rapha, mostrando como a carência emocional pode influenciar comportamentos prejudiciais.

Esse fenômeno também está conectado à forma como as pessoas buscam atenção nas redes sociais — expondo tristeza e vulnerabilidade para receberem apoio e reconhecimento. Rapha lembra que, desde os tempos das cavernas, o ser humano está mais atento às coisas ruins, pois elas representam riscos à sobrevivência. Porém, essa preocupação excessiva pode nos fazer perder de vista os momentos positivos da vida.


 

🌄 O poder do momento: valorizando os picos positivos

Para combater a autossabotagem, Rapha recomenda focar nos “picos” do dia — aqueles momentos positivos que podem ser destacados e valorizados. Ele sugere registrar esses momentos, seja com fotos, brindes ou simplesmente reconhecendo que algo bom aconteceu. Essa prática ajuda a equilibrar o “fosso” emocional, que é o período em que nos sentimos azedos ou desanimados.

Essa abordagem traz uma lição importante: as transformações comportamentais são graduais. Por exemplo, alguém que precisa melhorar a saúde pode começar com pequenas mudanças, como ir ao mercado a pé, para depois avançar para a dieta e exercícios. O segredo é reconhecer e valorizar cada passo, mesmo que pequeno.


 

🌍 Sociedade líquida e a crise de identidade

Vivemos em uma sociedade pós-moderna, que o filósofo Zygmunt Bauman chamou de “sociedade líquida”. Essa característica traz um forte individualismo e uma crise de identidade, onde as pessoas se sentem perdidas e buscam pertencimento em grupos ou “tribos”, muitas vezes sem ter opiniões próprias.

Rapha destaca que no Brasil essa situação é especialmente complexa. O tribalismo, que é a adesão a grupos com ideias semelhantes para pertencimento social, reflete a dificuldade de encontrar uma identidade clara. Isso se manifesta em divisões políticas, onde o debate torna-se binário e polarizado — sem meio-termo, sem espaço para nuances.

Ele exemplifica com a política brasileira, onde as pessoas se posicionam de forma rígida, e a crítica fácil a adversários aumenta a divisão. Essa alienação dificulta a construção de uma sociedade coesa e resiliente.

 


⚖️ Liberdade versus individualismo: o desafio da convivência

Outro ponto importante levantado é a tensão entre liberdade individual e convivência social. Rapha explica que misturar liberdade com individualismo e inclusão pode gerar conflitos, porque o exercício da liberdade pessoal pode, em algum momento, desrespeitar os valores e princípios dos outros.

Por isso, as sociedades precisam de regras claras, códigos de convivência que orientem o comportamento coletivo. Ele menciona o Código de Hamurabi, um dos primeiros códigos legais da humanidade, que já estabelecia punições proporcionais aos atos cometidos, ainda que com desigualdades de classe.

Essa necessidade de regras e limites é fundamental para que a diversidade possa coexistir sem que haja desrespeito ou caos social.

 


🇧🇷 A crise brasileira e a necessidade de radicalismo construtivo

Rapha reflete sobre a situação do Brasil, onde a falta de união e a divisão interna se assemelham a uma guerra civil. Ele questiona se, em um cenário de conflito, as pessoas estariam dispostas a lutar pelo país, e conclui que não conhece ninguém que faria isso hoje. Em contraste, cita o exemplo americano, onde existe um forte sentimento de patriotismo e união em momentos de crise.

Para superar essa crise, ele sugere a necessidade de um “radicalismo” no sentido de raiz — um compromisso firme com a identidade brasileira e com a defesa do país, independentemente das diferenças políticas internas. Essa raiz comum poderia fortalecer a coesão social e tornar o Brasil mais resiliente.


 

🏛️ Manipulação social e a desestruturação da família

Um dos temas mais profundos abordados é a manipulação social por meio da desestruturação da família, que Rapha considera o centro da organização social. Ele afirma que destruir a família facilita o controle e a manipulação das pessoas, deixando-as “à deriva” e mais suscetíveis a influências externas.

Essa desestruturação leva ao isolamento, onde as pessoas não se ajudam nem se dão as mãos, fragmentando a sociedade e dificultando a construção de comunidades fortes e solidárias.

 


🚀O papel das organizações e o futuro do comportamento no ambiente corporativo

A conversa termina com uma provocação sobre a aplicação dos conceitos de comportamento humano no mundo empresarial. Rapha e os mediadores sugerem aprofundar o tema focando no empresariado, discutindo questões como o choque entre gerações (millennials, geração Z, alfa), a imagem das organizações e a lealdade às marcas — que, no fundo, são “ordens imaginadas”, construções sociais que dão sentido à nossa identidade coletiva.

Essa reflexão aponta para a importância de entender o comportamento humano e as dinâmicas culturais para liderar equipes e organizações com sucesso, especialmente em um ambiente marcado pela transformação digital e pela presença crescente da IA.

Assista ao Episódio!

 


🔚 Conclusão: um convite à reflexão e à ação

O diálogo com Rapha Lobo nos convida a olhar para o comportamento humano de forma ampla e profunda, reconhecendo os desafios da era digital, da crise de identidade e das transformações sociais. A inteligência artificial não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas um elemento que exige de nós uma adaptação cultural e comportamental.

Ser líder hoje significa mais do que gerenciar processos ou pessoas; é compreender as complexidades do ser humano, suas motivações, suas fragilidades e suas potencialidades. É um convite a agir antes perfeito, a valorizar as pequenas mudanças, a se posicionar com autenticidade e a buscar a união em meio à diversidade.

Que este texto sirva como um ponto de partida para você, leitor, refletir sobre seu papel nesse “novo jogo” e para juntos construirmos um futuro mais humano, inovador e conectado.

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