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Você conhece como trabalha um CTO as a Service?

Você conhece como trabalha um CTO as a Service?
Eduardo Cardoso Junior
set. 20 - 6 min de leitura
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Conheça o meu primeiro case de fev/22


Comecei na Oncrets, uma startup da área de construção civil, mais precisamente uma plataforma de gestão total de protensão, em fevereiro de 2022. Trabalhava dois dias in loco na sede da empresa e mais algumas horas com atendimento remoto. Ainda nem tinha a marca ideal, tampouco sabia descrever com firmeza o conceito de CTO as a Service.

Fechamos negócio ainda em dezembro de 2021, quando eu ainda nem tinha saído da Consulta Remédios, mas já tinha pedido meu desligamento. O negócio aconteceu rapidamente porque eu vinha acompanhado o projeto da plataforma de gestão de protensão desde o final de 2020, ajudando na seleção de fornecedores, orientado o time interno (até então só acostumado com projetos de construção civil e à infraestrutura de TI interna), direcionando atividades de QA e gerando alguns relatórios. Era um trabalho pequeno, de algumas horas em finais de semana.

Minha proposta de valor ao Ernani Simas Alves Neto foi mais ou menos assim, quando o telefonei em algum dia de semana de dezembro de 2021 perto das 8 da manhã:


“A plataforma está há algum tempo quase pronta para produção. Vocês precisam, agora, de alguém de experiência para liderar essa virada de chave, sair do “quase”, formar os processos e começar a desenvolver a evolução do software internamente. Eu posso indicar uma pessoa para isso, mas penso que posso ser eu mesmo”. 


Imagino que ele tenha pensado “Quanto será que não ganha esse cara? Como vou pagar?”. Aí que veio o meu complemento, com a grande sacada do modelo de executivos as a service:

“Eu sei que você não pode pagar, e nem tem necessidade de ter um profissional desse tipo no seu quadro trabalhando em tempo integral. Mas será que alguns dias na semana, você não consegue pagar e eu não consigo entregar o que precisa?”


Começamos, lá em fevereiro do ano passado, com uma grande imersão no produto, maior entendimento da indústria da protensão, compreensão sobre o que faz a empresa mãe da Oncrets , a EVEHX Protensão.

Revi alguns conceitos das aulas de Mecânica e entrei no projeto do hardware. Sim, a plataforma tem um hardware dedicado que acompanha os artefatos da protensão (macaco e bomba) na obra, controlado por um app de celular. Depois de mais de 20 anos, lembrei que sou engenheiro eletrônico de formação e até usei meu ferro de solda para alguns circuitos “aranha” de teste.

Implantamos Jira, conceito de sprint, story points, kpis de desenvolvimento ágil, entre outros. À medida que os primeiros testes reais em campo eram feitos pela equipe da EVEHX Protensão, separamos desenvolvimento de operação.

Fomos a algumas obras, discutimos muito o algoritmo do hardware até ele ser bem dominado pela COO da Oncrets , Ana Laura Medeiros Cruz. E, de repente, o produto já estava com campanhas de marketing e sendo oferecido comercialmente pelo Brasil – o alvo da Oncrets é o mundo.


“O nosso hardware é um dispositivo patenteado pela Universidade Nacional de Seul na Coreia do Sul e foi desenvolvido academicamente por um dos maiores cientistas do meio da Eng. Civil. Dessa forma, nosso maior objetivo era adaptar uma invenção do meio acadêmico para a realidade do dia a dia da indústria. Nosso investimento para criar, adaptar e desenvolver foi em sua totalidade de capital próprio da empresa, sendo necessário adequar dimensionamento de prazo e equipe com um orçamento reduzido. A atuação do Eduardo, como CTO as a Service nos ajudou a e encaixar a mentoria de um profissional de alta performance nos guiando na nova área de IOT, antes completamente desconhecida. Recomendo este modelo de contratação para startups que estão começando, ou até mesmo para empresas maiores que possuem necessidade de um projeto na área de tecnologia.” – Ana Laura Medeiros Cruz – COO da Oncrets



Seis meses depois, aproximadamente, reduzimos a minha carga horária para uma manhã presencial e uma tarde a distância. Foi quando começamos a procurar um CTO definitivo. Sim, alguém para me substituir! O CTO as a Service, quando faz bem o seu trabalho, também prepara a sua saída. Em outubro, o Pedro Molina começou e foi assumindo todo o projeto de tecnologia. Está até hoje fazendo um excelente trabalho em dupla com a talentosíssima Ana Laura.


“Quando fui recrutado pela Oncrets, tive o prazer de conhecer o Eduardo e o modelo de negócio que ele atua, CTO as a Service. Gostei muito da forma que foi conduzido todo o processo de contratação. A passagem de todo o conhecimento do projeto e a estrutura montada foi feita de forma muita sólida e exemplar pelo Eduardo. Foi minha primeira experiência com um CTO as a service e digo que superou minhas expectativas, pois esse formato permite que uma empresa como a Oncrets consiga estruturar todos os processos de tecnologia com um custo reduzido e com o ganho de conhecimento de especialistas de renome no mercado, além de deixar muito transparente para os stakeholders e principais participantes do projeto qual é o papel de um CTO dentro da corporação.” Pedro Molina – atual CTO da Oncrets.



Minha relação com a Oncrets acabou? Não, de forma alguma! Por um pequeno fee mensal, mantenho reuniões semanais com CTO e COO, continuo participando dos grupos de whatsapp para monitorar o que está acontecendo e mater contato com o time. Faço uma espécie de mentoria aos dois e, também, exerço um certo poder moderador entre a operação e a diretoria executiva da empresa.

Para mim, esse foi um case perfeito do trabalho que me proponho a fazer para startups e pequenas e médias empresas. A relação, espero, está longe de um final. Trata-se de um relacionamento duradouro que continua me trazendo muita satisfação pessoal e contribuição à evolução da Oncrets.




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