Bastante resiliente, o setor soube aproveitar as mudanças impostas pelo coronavírus e fez da inovação um motor para voos maiores
Hoje, sem medo de cometer exageros, podemos afirmar que o varejo se divide em antes e depois de março de 2020. O setor, com a pandemia, passou por uma revolução sem volta. As mudanças no comportamento do consumidor e a transformação digital trouxeram novos desafios e conquistas para essa área.
No varejo, não há mais barreiras entre o físico e o on-line. É obrigatório, neste momento, que qualquer empresa estruture adequadamente os seus canais digitais para evitar danos ao negócio. Afinal, a estratégia multicanal (omnichannel) é uma realidade para quem pretende se manter altamente competitivo em um mercado cada vez mais acelerado.
O varejo se assume “phygital”, ou seja, promove a perfeita integração entre ambientes virtuais e reais para garantir aos clientes a melhor jornada de compras. A inovação constante é mantra no segmento e dita um ritmo contagiante de novidades a cada dia.
Sem dúvida alguma, sobretudo devido à implantação quase definitiva do home office ou mesmo do formato híbrido, estar fisicamente próximo do consumidor é uma ideia que deu certo e permanece em alta. Ganharam espaço também, neste período, os chamados modelos de consumo adaptados para condomínio - leia-se “vending machines”, grupo que engloba minimercados e lojas autônomas.
Por essas e outras razões, a pandemia foi um motor de inovação para o varejo. Não há mais como retroceder. As previsões, inclusive, são bastante positivas para o segundo semestre de 2022.
Vendas em alta no segundo semestre
De acordo com dados do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), o cenário é bastante otimista para todo o setor. O crescimento projetado para as vendas em agosto deste ano, em comparação ao mesmo período de 2021, é de 9,3%. Pelo terceiro mês consecutivo, a previsão é de alta.
De acordo com o IDV, durante a fase de isolamento social e outras medidas preventivas contra o coronavírus, o varejo mostrou-se resiliente, ou seja, foi capaz de ampliar as possibilidades de comercialização e intensificou o contato com o consumidor. Com toda expertise adquirida, aliada à inovação, abriram-se possibilidades bastante promissoras para a área.
Em ano de eleições, é importante que sejam intensificadas as medidas que potencializem o desenvolvimento do setor. Vale a pena lembrar que o varejo é responsável hoje por 28% do Produto Interno Bruto (PIB).
Por conta dessa valiosa contribuição à economia brasileira, é essencial a implantação de políticas públicas que aumentem a renda, gerem empregos e facilitem o acesso ao crédito. Esse caminho rumo ao sucesso e a um futuro promissor inclui ainda a simplificação tributária, investimentos em infraestrutura, diminuição do custo logístico, entre outras medidas.
Metaverso deve impulsionar o varejo
Em termos de novidades, o varejo precisa cada vez mais investir em inovação e em uma maior análise dos dados para entender melhor o seu público. Não à toa, a cultura data driven, baseada na avaliação de grandes quantidades de informações para extrair insights poderosos para a estruturação de ações, cresce exponencialmente.
Apesar de ainda ser muito baseado em promessas, o metaverso tem tudo para ser um grande palco para as iniciativas de varejo e com boas chances de crescimento. Afinal, os consumidores desejam novas experiências e soluções inovadoras são sempre bem-vindas.
Por isso, o modelo “phygital” é obrigatório. O público aprendeu como comprar e receber rapidamente em casa tudo o que deseja, mas também gosta do formato presencial. Unir os dois modelos é garantia de maravilhosos negócios.
O 5G tornou-se uma realidade e vai tornar a “mágica” ainda mais possível para o varejo ao agregar velocidade e estabilidade, ou seja, vai potencializar as ações no digital. Inteligência artificial é um tema que também deve estar no radar do segmento, assim como a realidade aumentada.
Pense nisso e tenha boas vendas!
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