Ser um eterno inconformado e ter o
foco no compromisso com toda a sociedade são premissas necessárias para quem
busca se destacar em um mercado cada vez mais competitivo e impactado pelas
tecnologias
Quem ainda
enxerga a inovação como um modismo, com certeza está cometendo um gravíssimo
erro que vai comprometer o futuro da sua organização ou de um futuro
empreendimento. Não à toa, o tema exige preparação, planejamento e uma mudança
de paradigma. Afinal, atualmente, um negócio precisa ir além de uma boa ideia,
de uma entrega competente e de atingir as metas estabelecidas de lucratividade.
Não à toa,
um novo negócio exige uma cultura organizacional disruptiva e capaz de atender,
por exemplo, aos objetivos ESG, termo que ganhou popularidade nos últimos anos e
que foi trazido à tona em um documento da Organização das Nações Unidas (ONU).
De fato, hoje é essencial que uma empresa busque, muito além do resultado
financeiro, minimizar as consequências das suas ações no meio ambiente,
colaborar com a construção de um mundo mais justo e responsável para os
cidadãos no seu entorno, além de garantir os melhores processos de
administração.
Com muita
experiência na gestão de novos negócios e inovação, a consultora Marina Dourado
lembra que chegar a essa nova cultura empresarial não é tão complexo assim.
“Existe uma linha lógica a ser seguida. Você tem que acreditar no seu propósito e passar isso de forma bem estruturada para as pessoas que vão trabalhar nele”, completa.
A boa
notícia é que essa modificação de mindset está a todo vapor no Brasil. A pedido
do jornal Valor Econômico, um levantamento do Google Trends revelou que a busca
pelo termo ESG triplicou em 12 meses (entre fevereiro de 2021 e fevereiro de
2022). O crescimento foi de 150%, ou seja, somos o país que mais pesquisou
sobre o assunto na América Latina.
Afinal,
qual é o seu propósito?
Marina
Dourado salientou como deve ser a postura do empreendedor que busca criar um
novo negócio. O primeiro passo, de acordo com a profissional, que tem
experiências em instituições como Claro, Ambev e Rappi, é não ter medo de compartilhar informações.
Esse princípio é básico e deve nortear qualquer iniciativa.
Além disso,
sem essa troca rica de experiências com o seu networking e outros agentes do
ecossistema, fica difícil compreender quais são os gaps do mercado e onde estão
essas oportunidades para suprir potenciais demandas. Nesse cenário, como não
poderia ser diferente, ganha espaço a inovação aberta. “Tem que ter um olhar
sistêmico sobre o modelo de negócio. Qual é o propósito da sua empresa para a
sociedade?”, reitera.
A satisfação com o que faz, seja criando, cocriando ou aperfeiçoando, de acordo com Marina Dourado, é que vai fazer a diferença.
“Sempre digo que um pequeno grupo de pessoas é capaz de transformar o mundo. O propósito está diretamente relacionado também com o legado que você quer deixar para as pessoas”, fala.
A exemplo do
que revelou o levantamento do Google Trends, Marina Dourado percebe em várias
áreas, como a alimentícia, uma mudança intensa nos processos seguindo o viés do
ESG.
“Há uma consciência maior de que as coisas são finitas. Percebo uma auditoria mais rigorosa em toda cadeia produtiva tendo como foco a sustentabilidade e outras questões”, diz.
Por essas e
outras razões, a especialista deixa um recado importante: seja um eterno
inconformado. “É possível sim fazer as coisas diferentes e com inovação. Não
duvide disso”, completa.
Além de todas essas questões, é essencial que o novo modelo de negócios contemple uma visão mais analítica, sistêmica e holística.
“Não tenha medo de compartilhar e de buscar a inovação aberta”, observa.
Para quem
busca dicas, Marina Dourado fala que as áreas de educação e saúde estão em alta
e são bastante promissoras. Se a ideia é inovar, defina o seu propósito, assuma
um compromisso com o planeta e mãos à obra. O caminho promete ser repleto de
grandes conquistas. Acredite nisso!