A Internet das Coisas (IoT), em sua essência, é uma abordagem tecnológica inovadora para enfrentar questões existentes até então não dirigidas devido à complexidade e disseminação geográfica de todos os dispositivos de borda que as empresas gostariam de rastrear e monitorar ou sensores que fornecem dados e inteligência.
Assim como a Revolução Industrial abriu o mundo para a produção em larga escala, máquinas inovadoras e novas formas de viver, a revolução da IoT tocará quase todos os aspectos da vida e dos negócios.
Então, por que, você pode perguntar, essa tecnologia não está atendendo às expectativas de crescimento dos analistas do setor neste exato momento?
Ao longo da última década, tem sido bastante complicado fazer a IoT funcionar, especialmente quando o aplicativo está espalhado por múltiplas tecnologias, várias regiões do mundo e protocolos de conectividade múltiplos que precisam ser usados para conectar os dispositivos e sensores em questão.
No entanto, essa complexidade está posicionada para mudar. O que eu há muito me referi como a "Década da IoT" à frente, que resultará em bilhões de dispositivos IoT conectados nos próximos anos, será habilitado por vários fatores, como a redução dos custos de dispositivos e módulos/rádio, redes de comunicação mais perfeitas (incluindo aquelas construídas especificamente para IoT) e o padrão emergente do cartão de circuito integrado universal incorporado (eCCUI), comumente conhecido como eSIM (EMBEDDED SIM). Este artigo se concentra em como os eSIMs estão mudando o jogo.
O Desafio em Conectividade para IoT
O que alimenta a ioT é a conectividade. Simplificando, sem conectividade, não há Internet das Coisas. Embora pareça simples conectar um dispositivo — ou até mesmo uma infinidade de dispositivos — à internet, é bastante complicado quando você o examina de perto.
A conectividade precisa ser confiável e consistente para que as soluções funcionem, seja no subsolo em uma solução de monitoramento de tubos, anexada a um caminhão de carga transcontinental que atravessa várias fronteiras e, portanto, redes de telecomunicações, ao lado de um paciente de cuidados crônicos ou embutido em uma plataforma de petróleo offshore.
A conectividade IoT precisa penetrar o suficiente para suportar essa solução de utilitário subterrâneo que ainda seja móvel o suficiente para se conectar à medida que um caminhão passa de uma rede de cobertura para outra. A conectividade precisa ser acessível, não importa onde esteja a cabeceira do paciente, e precisa conduzir as comunicações até mesmo no exterior.
Garantir que todos esses dispositivos funcionem não importa onde eles estejam colocados ou para onde eles viajam pode ser muito difícil, especialmente se você é a pessoa que vende a solução para ser usada ou fabrica o dispositivo que estará se conectando às redes.
Quando você tem um smartphone, você coloca um cartão SIM configurado para a rede de sua escolha, e você está acabado. Se você quiser mudar de redes, você ganha um novo cartão SIM. Se você for para o exterior para viajar, você se inscreve para um plano de roaming que expira após algum período de tempo.
Agora, multiplique este problema por milhares ou dezenas de milhares. De repente, o gerenciamento de conectividade SIM-by-SIM pode ser incapacitante. Mas essa conectividade muito IoT — e sua confiabilidade e resiliência inerentes — é essencial para que sua solução funcione. Então, o que pode ser feito?
Como os eSIMs podem ajudar a enfrentar os desafios de conectividade IoT
Um exemplo oportuno das limitações de uma solução SIM tradicional são os desligamentos de rede 2G e 3G que estão ocorrendo globalmente. Essas organizações com soluções de IoT que aproveitam a conectividade 2G ou 3G agora são obrigadas a alterar fisicamente os cartões SIM para se conectar a uma rede LTE.
Como outro exemplo, mesmo dentro de uma geração de tecnologia de rede, se uma organização que utiliza uma solução de IoT simplesmente quer mudar as operadoras devido à preferência, o processo de comutação de operadoras é físico e pode ser logisticamente desafiador — especialmente com soluções que têm baixa tolerância a interrupções de serviços, como dispositivos de saúde. E o tradicional "rolo de caminhão" para trocar um SIM pode ser muito caro, o que mata a maioria dos casos de negócios.
Em suma, o cartão SIM tradicional pode ser muito limitador. É por isso que os provedores de produtos e soluções habilitados para IoT estão tão animados para ver o desenvolvimento do eSIM. Essencialmente, a tecnologia eSIM é uma abordagem nova e inovadora para a conectividade IoT que pode ajudar a enfrentar os desafios típicos em conectividade global e à prova de futuro.
Um eSIM pode hospedar perfis de operadoras comutados remotamente, então, em vez de um SIM que se conecta a uma rede de operadoras, ele pode alternar remotamente para que você não esteja vinculado a essa operadora se algo mudar. Em outras palavras, um eSIM permite que você altere as redes de conectividade "no campo" em vez de uma troca de SIM física, como explicado acima.
O provisionamento em massa de cartões SIM é possível agora, também, através de eSIMs. Um fabricante de automóveis é um grande exemplo disso. Imagine que você tem 1.000 carros saindo de um piso de produção, e todos os veículos precisam ser provisionados para se conectar à internet.
Em vez de ir de carro para carro com cartões SIM que podem se conectar a três ou quatro transportadoras diferentes, cada carro pode ser equipado com um eSIM agnóstico que, em seguida, com um toque de um botão, pode ser auto provisionado em massa para se conectar à transportadora preferencial. A logística é simplificada para um único SKU para uma implantação global, o que é revolucionário.
Um eSIM é um caminho menos complexo para a IoT, o que ajuda a reduzir uma medida de risco na criação de soluções de IoT porque há muito mais flexibilidade. Acredito que é uma abordagem verdadeiramente única para a conectividade global e que iniciará uma onda de adoção de IoT.
E você? Já utiliza da internet das coisas no seu dia a dia?