O varejo mira no metaverso

A tecnologia, que é o próximo passo na evolução da internet, promete uma combinação perfeita entre a realidade virtual e a realidade aumentada com direito a bons negócios


 

Se a pandemia já fez o varejo repensar completamente os seus processos e estratégias, o metaverso chega para ditar novas perspectivas para o futuro. Realmente, é preciso criatividade e estar atento às inovações tecnológicas para não ficar para trás.

Apesar de ainda estar em construção, o metaverso promete um mundo virtual e imersivo, ou seja, é tridimensional e muito mais absorvente e sensorial. Na prática, une o melhor da realidade virtual e da realidade aumentada.

É exatamente por conta desse diferencial que as organizações encontram oportunidades para construir um mundo de possibilidades no ambiente virtual. Essa fase inicial é de experimentações, criatividade e grandes ideias.

As marcas estão fazendo as imersões necessárias para desenvolver consciência, engajamento, lealdade e aprender. Com muito potencial para consumo, o metaverso está na mira de gigantes como o Facebook, que anunciou, em 2021, um investimento de US$ 50 milhões nessa tecnologia. Vale lembrar que, alguns dias antes, a rede social lançou os óculos Ray-Ban Stories.

Enquanto ainda segue em desenvolvimento, o metaverso não pode ficar distante do foco dos varejistas. É preciso estar preparado para as novidades que vêm por aí.

Entenda melhor o metaverso

Praticamente sinônimo de uma experiência tecnológica “mirrorword”, ou seja, um espelho do mundo real refletido no digital, o metaverso permitirá a criação de novas jornadas digitais. O que isso significa?

Em linhas gerais, o metaverso permitirá experimentar todas as experiências de uma loja física, por exemplo, sem que o consumidor precise sair do conforto da sua casa. A tecnologia ajudará a personalizar as possibilidades de comunicação. Fora isso, permite a aposta em novos ambientes para a produção de campanhas e outras inúmeras outras vantagens.

Exemplos de ações do varejo no metaverso
 

Loja 3D

Pode ser o ponto de partida para as marcas oferecerem experiências mais imersivas no comércio eletrônico. Isso será possível com a utilização da realidade virtual, jogos e ainda com a adoção de avatares.

                 (Loja H&M, no metaverso)

No FARM na Nuvem, do Grupo Soma, por exemplo, os usuários podem transitar pela loja como se estivessem usando o Google Street View. Dá para fazer as compras tranquilamente e tudo isso sem sair desse espaço virtual.
 

Provadores virtuais

Uma medida que fará toda a diferença para o varejo de vestuário, calçados e acessórios. Os potenciais clientes, com a câmera do celular e o uso de realidade aumentada, podem conhecer o produto virtualmente e tirar todas as dúvidas. Marcas como Nike e Renner já aderiram à novidade.
 

               (Lojas Renner, no metaverso)
 

Apesar de não ser uma característica exclusiva do metaverso, os provadores virtuais podem ser integrados a ambientes que propiciem a interação entre as pessoas, principalmente com a utilização da gamificação no momento da compra. O uso de avatares digitais é outra possibilidade para contribuir com o aumento da taxa de conversão, incremento no ticket médio e redução de trocas e devoluções.
 

Abra a sua loja no metaverso com direito a produtos digitais

Não ignore esse ponto: sua loja terá que fazer parte do metaverso. Além dos produtos reais, dá para vender itens 100% digitais, como os NFTs.

A Gucci, por exemplo, lançou, por meio desse recurso, o tênis Virtual 25, em uma associação com a empresa de tecnologia Wanna. Os chamados “tokens não-fungíveis” são os bens virtuais que um indivíduo pode comprar e apenas usar na nuvem. Sensacional, né?
 

           (Tênis virtual 25)

Ainda é enigmática qualquer previsão sobre como serão as nossas rotinas com o metaverso. Para o varejo, com certeza será um importante canal de vendas, mas não o único.

Como a tecnologia ainda está sendo aprimorada, é fato que o sucesso do metaverso está diretamente ligado à sua capacidade de tornar nossa vida física melhor, mais rápida, econômica e altamente conectada. Por isso, dá para afirmar que é o próximo passo na evolução da internet, com riscos e oportunidades para todos os negócios. Que venha o desafio!
 

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