Atualmente, diante tanta transformação gerada pelos novos conceitos da Revolução Industrial 4.0, dos impactos promovidos pelas crises econômicas mundiais, e, agora, com as medidas sanitárias resultado do agravamento da crise sanitária promovida pela disseminação do Corona vírus, muitos trabalhadores perderam seus empregos formais, e, aqueles que exerciam o trabalho autônomo, tiveram que se reinventar, inovando todo o meio de produção para conseguir gerar renda para manter-se e manter sua empresa e sua família.
Aplicativos de fitness e saúde crescem no Brasil
Embora, com toda essa transformação dos meios de produção ainda existem pessoas que acham que quem não tem uma Carteira de trabalho assinada não é trabalhador.
Diante da nova realidade, principalmente, depois de tudo que nos ocorreu no último ano, onde as pessoas levaram para a realidade virtual toda a estrutura dos meios de produção presencial, querer retornar nos próximos meses ou anos ao que estávamos acostumados, anteriormente, como modelo de negócios, apenas se relacionando no plano físico, é de fato inviável.
A Covid-19, acelerou a adoção de tecnologias modernas em vários setores de produção, mas, com certeza foram a implementação dos aplicativos eletrônicos para celulares que ganharam maior destaque e transformação da realidade física para a realidade virtual. Vários aplicativos eletrônicos surgiram ou foram aperfeiçoados nos últimos meses para agregar valor aquilo que já estava sendo adaptado para esse mundo eletrônico, tais como aplicativos para a movimentação bancária, e-commerce, delivery, fitness e streaming, tudo isso estava sendo disponibilizado em nossa rotina diária, porém, de forma gradual. A pandemia acelerou todo esse processo impactando os modelos tradicionais através de caixas eletrônicos nos estabelecimentos bancários, maquinas moveis para cartões de débito ou crédito para a efetuação de pagamentos, de repente novos modelos de pagamento surgiram tão rápido, prático e mais fácil para transferir valores entre pessoas físicas ou jurídicas. E, tudo, através de um aparelho de celular com acesso à internet.
Os benditos aplicativos eletrônicos, que surgiram para mudar, agradar e facilitar as nossas vidas. Programas de software instalados em celulares Android, iPhone (IOS), outros dispositivos eletrônicos e, a sua belíssima Smart TV, programas que desempenham diversas funções operacionais.
“O Brasil foi o país com maior número de instalações de aplicativos de comércio eletrônico desde o início da pandemia da Covid-19. Um levantamento da empresa de marketing digital AppsFlyer, 19 % dos downloads de apps de e-commerce feitos via Android no mundo todo entre janeiro de 2020 e julho deste ano aconteceram no Brasil”.
Aplicativos fitness, fiquei me perguntando, para que serve e para que vou ‘baixar’ um aplicativo para fazer exercícios? Bem, posso me considerar uma pessoa sedentária, faço exercícios físicos esporadicamente, mas, esse interesse em manter uma rotina mais saudável se intensificou durante a pandemia promovendo o aumento da procura de aulas, professores e profissionais que orientassem a ter uma relação mais saudável entre ficar em casa e permanecer em casa.
Dessa forma, vários profissionais do setor de academias e profissionais da saúde se predispuseram a gravar series de aulas e infinitas conversas virtuais voltadas para um individuo ou um grupo deles.
Além de ter tornado mais acessível e pratico levar esse conteúdo para dentro da casa de cada aluno, as academias e profissionais de saúde também puderam manter o seu orçamento financeiro durante o período de restrições sanitárias e mobilidade urbana.
O mercado fitness já dava sinais de que passaria a ser virtual antes mesmos do advento da crise sanitária de 2020/21.
“O mercado global das aplicações de fitness deverá valer em 2026 10,0 milhões de dólares, o que se traduz numa taxa de crescimento anual composta de 21,1%. ”
Além do mais, o mercado fitness, não se reduz apenas a atividades físicas, mas também compreende a indústria e o comércio de roupas, calçados, suplemento alimentares, orientação psicomotora, atividades que podem auxiliar a prevenir doenças é uma infinidade de opções que somada ao uso diário das redes sociais estarão atraindo cada vez mais o empreendedor e o consumidor desses produtos.
Durante o período mais crítico da crise sanitária o mercado fitness sentiu consideravelmente o aumento das vendas on-line.
Quem procurou se adaptar ao novo processo virtual conseguiu vislumbrar um mercado cada vez mais crescente e ampliado pelas redes sócias através dos aplicativos e da própria ‘web’ que disponibiliza livros, textos, sites e uma infinidade de conteúdo para esse consumidor.
Antes do advento da crise sanitária uma academia era um prédio físico que comportava os equipamentos e profissionais à espera do consumidor daquele produto, o que reduz o limite de clientes a esse espaço físico. Atualmente, com a facilidade promovida pela acessibilidade virtual, os alunos podem estar em qualquer parte do planeta e assistir a uma aula em qualquer horário a sua disposição, então, esse número de consumidores se torna muito maior. Mas, para isso, o empresário – proprietário de uma academia – deve pensar como um empreendedor, o que, temos na realidade, de fato, é bem tacanho, pois, muitos profissionais dessa área, ainda acreditam que o melhor resultado está nos velhos padrões presenciais.
Para quem vivenciou a década de 1980, do século passado, vai se lembrar dos kits de fita para vídeo cassete a onde uma série de exercícios eram gravados para o consumidor que se exercitava diante da televisão. Ainda existiam os programas para televisão que eram verdadeiras academias, e, as aulas durante os programas femininos à tarde fazendo muita gente se sacudir diante das TVs ligadas.
Podemos considerar que esses foram os anos dourados do início do que temos hoje para o mercado fitness. Muitos preparadores físicos se destacaram em novelas, filmes, seriados, praticando exercícios e sensibilizando as pessoas para se preocuparem com a atividade física. Naquela época não havia uma academia de ginastica em cada esquina como existe hoje.
Existem registros de que no Brasil, apenas em 1914 (Belém, Conde Koma), surgia a primeira academia de atividades físicas nos moldes de uma academia comercial. Enquanto, isso, o esporte no país era mais elitista sendo praticado por quem frequentava clubes esportivos e escolas.
Realmente, depois da década de 80, os exercícios físicos passaram a fazer parte da rotina diária de uma parcela da população mundial e em prol da qualidade de vida.
Entretanto, para nosso blogger o maior interesse está no investimento econômico que a atividade física pode gerar para um empreendedor. E. com o avanço da tecnologia esse mercado fitness está ao alcance do empreendedor.
Imagem: Reprodução/Jane Fonda's Original Workout
Como dissemos antes, o universo fitness não se resume as academias e a série de exercícios, é muito mais amplo, podendo incorporar alimentação, saúde, vestimentas, equipamento, tecnologia, serviços, é um mercado novo que pode ser muito bem explorado durante o período de transformações derivados da Revolução Industrial 4.0.
Este ano, tivemos a estreia da 1ª rede fitness no mercado financeiro, ou seja, suas ações estão sendo negociadas na Bolsa de Valores do Brasil.
Como podemos ver esse é um mercado promissor onde também as Startups têm atuado, um bom exemplo para deixarmos aqui é o caso do Gympass.
“O Gympass é uma plataforma especial que conecta o usuário a uma rede dos principais parceiros de atividades físicas e bem-estar, como academias, nutricionistas, psicólogos e programas de treinamento e aulas coletivas ao vivo.
Dá para perceber que o nicho ‘bem-estar e qualidade de vida’ está em plena evolução cheio de novas conquistas e de novos empreendimentos, com um retorno financeiro favorável.
Josiane de Abreu
https://ocondutordotempo.blogspot.com/2021/10/o-empreendedor-fitness.html