⚠️Você pode escutar e (ou) ver o Quebrando Cuca ao final dessa matéria.
Você sabia que pessoas físicas também
podem fazer aportes pequenos voltados à inovação?
O cenário de
investidores em 2023 promete muitas novidades em prol da inovação. Desde 1º de
julho de 2022, quando entrou em vigor a resolução para a oferta pública de
distribuição de valores mobiliários, também chamada de CVM 88, a regulamentação
definitiva do ecossistema de startups no Brasil ganhou ainda mais força.
A instrução
da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) torna possível mais investimentos de
pessoas físicas nessas empresas. Tudo isso por meio do equity crowdfunding. Na
prática, trata-se do investimento de grupos de pessoas para o financiamento
público de uma empresa, que garante a participação societária.
Veja sobre o
que dispõe a Resolução CVM 88: “A oferta pública de
distribuição de valores mobiliários de emissão de sociedades empresárias de
pequeno porte realizada com dispensa de registro por meio de plataforma
eletrônica de investimento participativo”.
Em linhas
gerais, a Resolução CVM 88 define como será a regulação das plataformas de equity crowdfunding e permite que o
investidor pessoa física se cadastre em uma plataforma que apresenta uma
relação de startups pré-selecionadas. Os interessados têm acesso a dados
financeiros e jurídicos, como histórico da empresa e dos sócios, modelo de
negócio e projeções financeiras, além de assinar digitalmente um contrato de
investimento. Vale lembrar que toda essa operação de investimento participativo
ocorre de forma on-line.
Para Carlos Klein, um dos grandes nomes do
empreendedorismo e da inovação, é preciso que o investidor entenda que as
startups envolvem investimentos descorrelacionados. Em outras palavras, são
aportes de longo prazo e pouco sujeitos às oscilações verificadas em tempo real
no mercado.
Como diretor de investimentos da Ventiur
Aceleradora de Startups, Carlos Klein tem uma visão ampla do mercado de
startups. Ele lembra que os investidores devem diversificar o capital
disponível em mais de uma empresa.
Klein lembra que, de maneira geral, apenas
33,3% delas dão o resultado esperado. Na mesma proporção, outras deixarão de
existir ou ficarão no 0 a 0 diante do que foi investido.
Diante desse quadro, é preciso buscar um olhar
amplo sobre o mercado e o apoio de especialistas. “Cada investidor precisa ter
a sua tese. Isso envolve uma série de questões que devem ser levadas em
consideração”, completa.
Teses do investidor
Além de buscar aportes diversificados, o
investidor deve, por exemplo, agregar valor àquilo em que está investindo Ele ainda deve levar em conta as suas
características pessoais e a tolerância ao risco.
Para Klein, a “democratização da inovação” só traz vantagens.
“Cria-se uma comunidade de apoio e aumentam as chances dessas empresas obterem o sucesso”, destaca.
O caminho para se tornar um investidor de
startups inclui muita preparação e a troca de experiências com quem entende da
área. Carlos Klein reforça que o estudo é sempre bem-vindo. “Nós oferecemos,
inclusive, cursos sobre o assunto. É importante investir, experimentar, sentir
as dores. Sempre com muita cautela”, completa.
Para 2023, as projeções sobre o cenário de
investimentos em startups ainda é nebuloso. O especialista lembra que os
números, de várias instituições de referência na área, são controversos. O
aumento da taxa de juros é um problema, mas Klein reforça que a Ventiur, que
tem uma década de atividades voltadas ao incremento do ecossistema de inovação,
tem planos ambiciosos.
Em 2022, 22 startups receberam investimentos e
para este ano a meta é dobrar. “Vamos ver o que vai acontecer”, diz.
Independentemente dos movimentos da economia,
uma coisa é certa: há muitas boas possibilidades em torno do universo das
startups. Por isso, se você é empreendedor, jamais deixe de lado o brilho nos
olhos e a dedicação integral. Esses atributos atraem investidores para
auxiliá-lo nessa jornada. Pense nisso e prepare-se para fazer excelentes
negócios!
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