Em profunda transformação, o setor
conta com soluções especiais trazidas por startups
Entre os
diversos setores impactados pela pandemia, o varejo, com certeza, foi o que
mais precisou se reinventar nos últimos três anos. Diante das limitações
impostas pelo coronavírus e o boom tecnológico, a jornada de compra do
consumidor passou por inúmeras mudanças.
Não à toa,
shoppings centers se tornaram “fornecedores de experiências” e outras
novidades, como o Pix, fortaleceram os negócios. Por essas e outras razões, o
varejo vive uma fase vibrante, afinal, o setor conta hoje com variados formatos
de atendimento e compra.
O grande
desafio das organizações varejistas nesse momento é concentrar todas as
energias no conceito “back to basics”, ou seja, ganhar eficiência e melhorar a
experiência dos clientes. A reforma tributária do governo Lula é outra expectativa,
pois, de acordo com diversos especialistas, tornaria o sistema tributário mais
simples e transparente, reduzindo, dessa maneira, a burocracia e garantindo
movimentação à economia. Esse ciclo virtuoso vem ainda com incentivos para o
consumo e a geração de empregos e negócios.
Além do
fortalecimento do e-commerce, o varejo teve um aprendizado acelerado sobre o
comportamento do consumidor e do próprio varejista. Havia muito receio em
relação aos investimentos no digital.
Com a fase
pandêmica, o e-commerce tornou-se uma realidade necessária e capaz de garantir
conforto aos consumidores. As empresas tiveram que se ajustar a esse novo
panorama, afinal, a tecnologia, independentemente da idade, arrebatou os
potenciais clientes.
O processo
de digitalização exigiu do varejo investimentos em ritmo acelerado. A
integração entre o físico e o digital, o treinamento dos times e a necessidade
de melhorar a jornada de compra do consumidor, de modo que seja bem suave e sem
atrito, foram algumas das questões enfrentadas com mais força desde 2020.
Como a
jornada do consumidor se constrói por diferentes canais, é essencial que eles
estejam integrados, afinal, a experiência hoje é com a marca. A meta do
varejista está em ofertar produtos de forma rápida e cada vez mais acessível
aos usuários, ou seja, com pequeno custo e até mesmo de graça.
Recalculando
rotas
Atualmente,
a ordem é “olhar para dentro” e corrigir possíveis distorções desde a fase
pandêmica. Isso não significa que o e-commerce não vai continuar em expansão.
Com
tecnologias eficientes e conexões mais rápidas, leia-se 5G, sites e aplicativos
continuarão se destacando e atraindo o interesse dos consumidores. O trabalho
híbrido também impacta o varejo.
Devido ao
presencial e home office, as lojas de rua ganham força. O conceito de
“conveniência” impulsionou lojas e mercados em prédios residenciais e
comerciais, por exemplo.
Para 2023, o
foco do varejo deve ser em aprimorar o “básico”. Isso significa, na prática,
aperfeiçoar o atendimento, a rapidez e o processo de compra. É preciso
assegurar uma experiência que faça com o que o consumidor, em uma loja virtual
ou não, queira voltar.
Tecnologias
mais assertivas também devem favorecer a experiência de compra do cliente. Elas
serão, inclusive, capazes de aumentar a produtividade, garantindo um checkout
mais rápido nas lojas e com estoques capazes de atender às mais variadas
necessidades. Inflação, juros altos e crédito escasso devem ser os vilões do
consumo durante o primeiro semestre, mas as expectativas são positivas. Que
venham os bons negócios!
Exemplos
de startups que estão revolucionando o varejo
- MarketUP: com foco nas micro e pequenas
empresas, oferece um sistema de gestão com ferramentas voltadas às
finanças, estoque e venda para comércios físicos e digitais.
- MovPrime: em tempos de metaverso,
oferece ao consumidor uma imersão total em um showroom, além de tour
virtual, com óculos de realidade virtual e fotos 360º integrados com a
gestão de marketing, financeira e CRM para vendas de móveis e decorações.
- Luckro: uma rede social que une marcas,
fornecedores e varejistas. O objetivo é garantir uma ampla conexão e o
acesso a boas oportunidades.
- Konduto: voltada à análise do comportamento dos consumidores em um e-commerce. O monitoramento vai desde a forma que chegaram à loja virtual até todas as etapas do processo de compra do cliente. Interessante.