O e-commerce se firma como uma tendência importante para o setor varejista em 2022
O Natal de 2021 trouxe uma sensação de alívio e otimismo ao varejo brasileiro. De acordo com dados da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop), as vendas para as festas de fim de ano tiveram um crescimento real de 10% em relação a 2020. O indicador já leva em conta a inflação registrada no período.
Aliás, a inflação foi o grande vilão para o bom desempenho do varejo no ano passado. Apesar do cenário desfavorável ao consumo, agravado principalmente por conta do desemprego, ainda assim a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê um crescimento de 4,9% para o setor em 2021.
Pelo levantamento da Alshop, os centros especializadas em vendas e lazer fecharam 2021 com um total comercializado de R$ 204 bilhões – um aumento de 58% em relação a 2020, mas, infelizmente, de queda de 3,5% em relação ao verificado em 2019. Apesar dos obstáculos, um saldo pra lá de positivo.
Sem dúvida alguma, impulsionado pelas medidas preventivas contra o coronavírus, o e-commerce e outros tipos de mecanismo para vendas (como o WhatsApp, que tornou-se ainda sinônimo de excelência no atendimento aos clientes) vieram para ficar. Nesse Natal, de acordo com a Alshop, o comércio eletrônico foi responsável por 45% dos negócios realizados. As lojas físicas representam 40% desse total.
Outro ponto interessante da pesquisa da Alshop diz respeito às formas de pagamento. O PIX, por exemplo, representa 30% das vendas realizadas no período natalino. Em outras palavras, uma das tendências que ganha ainda mais força para este novo ano no varejo.
Tendências para o varejo em 2022 farão a diferença para o êxito de qualquer negócio
Sem dúvida alguma, diante desses números e das tendências verificadas, o varejo deve estar preparado para a jornada multicanal dos consumidores em 2022. Em outras palavras, é preciso favorecer a integração real do meios on-line e off-line.
Vale lembrar que um relatório preparado pela EMIS, do Grupo ISI Emerging Markets, apresenta a expectativa para um crescimento ainda mais significativo no varejo brasileiro em 2022. O cenário otimista é fruto dos bons resultados da vacinação em massa, além do aumento da confiança do consumidor que deve impulsionar diversos segmentos – como o moveleiro e o automotivo.
Outra questão fundamental para o sucesso do setor de varejo diz respeito à compreensão cada vez maior de quem é o cliente, ou seja, é uma tendência a centralização da base de dados de todas as pessoas que compram em um determinado lugar – independentemente do canal que utilizam.
Para chegar a essa performance, é necessário o investimento em tecnologias e sistemas. O desafio é saber efetivamente as preferências de cada cliente para fazer os aportes necessários de acordo com o perfil. Essa tática é que vai personalizar o atendimento e gerar a tão esperada fidelização.
Também deve estar na mira de qualquer negócio a gestão eficaz do e-commerce. Nesse quesito, é fundamental aprimorar a performance nas redes sociais e investir, por exemplo, no live commerce.
Fora isso, adotar boas estratégias omnichannel, com direito à jornada phygital e suas ações voltadas para as experiências sensoriais, além de outras ações que melhorem o atendimento ao cliente – inclusive com a adoção de ações de segurança contra os cibercrimes – são medidas obrigatórias.
Sem dúvida alguma, melhorar a jornada de compra do consumidor será essencial para assegurar resultados ainda mais satisfatórios para o varejo em 2022. Isso significa oferecer ofertas personalizadas, entregas rápidas, pagamentos sem fricção, assegurar o engajamento e ainda garantir o bom relacionamento com as marcas.
Não dá para negar que os consumidores estão cada vez mais digitais e dispostos a conhecer e aderir a novas soluções. Quem conseguir se destacar nesse cenário, com certeza venderá mais e alcançará posição de destaque em relação à concorrência. O desafio está lançado!