A sustentabilidade é a palavra de
ordem para conduzir qualquer negócio nos próximos anos. É preciso aderir, de
fato, a essa revolução nos processos para garantir o bem-estar de todas as
pessoas e assegurar o futuro do planeta
Não tenha
dúvida: 2023 será o ano do ESG, a sigla em inglês para governança ambiental,
social e corporativa (environmental, social and governance). A questão é que o
tema vai exigir ações efetivas neste novo ano, ou seja, quem ainda não se
mobilizou corre o sério risco de ficar para trás.
Líderes ESG
em organizações de todo o planeta preparam-se para encarar uma lista de
desafios originados por conta da aceleração das políticas de redução de
emissões e sustentabilidade assumidas por instituições de todas as áreas. A
constatação faz parte do estudo “Previsões ESG 2023 para a Sustentabilidade
Mundial”, elaborado pelo International Data Group.
A pesquisa
revela que haverá mudança na percepção do ESG e que projetos efetivos em torno
do tema crescerão nos próximos meses, com foco também no cumprimento dos ODS da
ONU. A sustentabilidade passa a ser vista como uma área de negócios que
impactará nas estratégias das instituições.
O
investimento em tecnologia, que segue a todo vapor, vai abrir espaço para a
busca de uma realidade mais sustentável. No que diz respeito às questões
ambientais, as organizações passam a focar mais na eficiência energética, na
melhor utilização da água, no tratamento de resíduos, na preservação da
biodiversidade e na economia circular.
No âmbito
social, destacam-se a ampliação de iniciativas que consolidem os recursos
humanos como capital para o negócio, além de debates sobre inclusão, equidade,
e diversidade, que alcançarão mais espaço. Nas organizações, diante do ESG,
haverá mudanças relacionadas ainda ao gerenciamento de recursos, cadeia de
suprimentos e segurança.
Obstáculos
no processo ESG
Tendo a
sustentabilidade como o chamariz das iniciativas ESG, CEOs dos mais diversos
países terão que driblar incertezas cada vez mais aceleradas e interconectadas.
Em linhas gerais, haverá um crescimento ainda maior da digitalização dos
negócios, da inovação com foco nos ecossistemas, entre outras questões. A
tomada de decisão será mais complexa e exigirá análises diferenciadas.
Muito mais
que boas práticas, o desempenho ESG, neste ano, de acordo com o estudo
desenvolvido pelo International Data Group, será um componente padrão para a
avaliação de riscos de terceiros. Cerca de 20% das instituições participantes
do levantamento darão mais peso aos temas englobados no ESG do que às questões
relacionadas à segurança, financeiro e operacional.
Veja outras
conclusões do estudo:
- 80% das empresas do grupo G2000 vão,
em 2024, capturar os seus dados de carbono e trabalhar com métricas
quantificáveis pelo menos 50% mais do que é feito atualmente.
- No próximo ano, 30% dessas grandes
organizações aproveitarão o gerenciamento de dados ESG para conduzir os KPIs
voltados ao tema para obter relatórios.
- No mesmo período, pelo menos 40% dos
softwares voltados ao ESG (sustentabilidade) terão foco maior nos aspectos
sociais.
- Espera-se que, até 2025, 60% dessas
instituições exijam que os provedores de data center forneçam dados relativos ao uso de energia,
de fontes de energia renováveis e de equipamentos de TI recicláveis.
- Em 2025, estima-se que 40% das
responsabilidades relacionadas aos serviços ESG pedirão, obrigatoriamente, um
componente de serviços gerenciados, ou seja, que assegurem as necessidades de
transformação sustentável e também a elaboração dos relatórios ESG.
- O desempenho ESG será tido, até 2026,
como um dos três principais fatores de decisão no momento de comprar
equipamentos de TI. As análises incluirão, por exemplo, métricas relacionadas à
emissão de carbono, utilização de materiais e condições de trabalho.
- A circularidade, até 2026, será
peça-chave do PLM. Das empresas G2000, 60% delas exigirão dos seus fornecedores
e parceiros de equipamentos de TI que apresentem dados concretos do processo de
sustentabilidade em suas operações.
- A ideia é que, até 2027, 25% das
organizações G2000 tenham definido um diretor de sustentabilidade. Caberá a ele
o desafio de cumprir todas as metas ESG da empresa e outras questões
relacionadas ao assunto.
Com
base nesse cenário mundial, é hora de entender que o ESG deve fazer parte de
uma estratégia sólida. Não pode ser apenas discurso de uma empresa para chamar
a atenção do mercado e dos consumidores. Chegou a hora de adotar posturas
disruptivas e abraçar a sustentabilidade com força total. O desafio está
lançado!