Se você não quer repetir o erro de grandes empresas, como a Kodak, e ainda garantir competitividade no mercado, é bom ficar atento a esse importante conceito no seu planejamento estratégico
A cultura da inovação é o segredo para assegurar a sobrevivência e a evolução de qualquer negócio. Em um mundo em constante transformação, não dá para repetir erros cometidos por organizações como a Blockbuster e Kodak, que não deram a devida importância à necessidade de investir em novos produtos, serviços e atualizar seus negócios.
Nesse cenário, altamente competitivo, a cultura da inovação tornou-se quase como um mantra obrigatório. Um pesquisa da International Data Corporation (IDC) indica que o investimento em transformação digital está em amplo crescimento – uma taxa anual de 15,5% até o próximo ano, totalizado cerca de US$ 6,8 trilhões. O estudo aponta ainda que, em 2022, praticamente todas as empresas no mundo vão acelerar o uso de tecnologias digitais.
É fato que o ritmo acelerado das transformações pegou toda a sociedade de surpresa, Por isso, só uma boa ideia não basta: é preciso compreendê-la, testá-la e torná-la realidade na prática o quanto antes. Por isso, a cultura corporativa deve estar no foco de qualquer instituição.
A mudança de cultura é, sem dúvida alguma, o grande motor da transformação. A inovação são as pessoas e a tecnologia é o meio para fazer acontecer. Se a cultura da inovação não se tornar uma realidade em toda organização, a empresa não sairá do lugar.
Um passo importante em busca da cultura da inovação é a sinergia com as startups. Essa conexão, se realmente bem organizada, gera ganhos para todos os lados. Fora isso, é fundamental que a empresa crie espaços próprios para iniciativas em prol de inovar.
Na prática, isso significa estimular todos os colaboradores para que busquem soluções inovadoras. O ideal é fugir da burocracia, das hierarquias e garantir a total liberdade para testar e errar.
Vale a pena lembrar que, de acordo com a Bain & Company, a inteligência artificial de ponta se destaca como uma das grandes tendências. Com a nova etapa de inteligência artificial que se aproxima, a IDC estima que os investimentos globais na área vão dobrar em quatro anos, atingindo US$ 110 bilhões em 2024. Em outras palavras, será uma das principais impulsionadoras de tecnologia nos próximos anos.
Por falar em cultura da inovação, é interessante destacar o crescimento da hiperautomação. Ainda este ano, de acordo com o levantamento da IDC, 45% das atividades repetitivas serão automatizadas. Isso vai ajudar a extinguir trabalhos burocráticos e manuais, além de reduzir drasticamente erros e refações. Em síntese, otimiza o tempo e aumenta a produtividade.
Passos para atingir a cultura da inovação
Sensibilização das lideranças para o tema
O líder precisa entender que a inovação é fundamental. Ele deve ser capaz de criar um ambiente colaborativo, no qual seus colaboradores são empoderados e estimulados a ter ideias e compartilhá-las.
Saber aceitar e lidar como o erro
A jornada da inovação é feita também por erros, mas desde que isso seja visto com sabedoria e como parte do processo. Ao errar, inúmeras hipóteses são eliminadas e a solução fica cada vez mais próxima. Reveja punições nesse sentido e amplie as discussões em torno desse assunto.
Fazer do problema uma paixão
A busca pelo desenvolvimento de uma solução pede que você se apaixone pelo problema. Afinal, se uma das tentativas testadas der errado, fica mais fácil descartá-la e buscar novos caminhos.
Acelerar sem medo
Agir com velocidade é essencial em um ambiente cada vez mais em transformação. Por isso, as ideias e a experimentação devem ser em ritmo acelerado.
Aprendizado constante como regra
Se a tecnologia não for absorvida como uma necessidade e as empresas não adotarem a cultura da inovação, com certeza serão extintas ou ficarão em posição desfavorável aos concorrentes. Aprender e reaprender continuamente é necessário – as lideranças só não podem adotar a premissa de que entendem de tudo e que têm as respostas para tudo.