Celso Furtado, em sua obra "Formação Econômica do Brasil", apresenta uma análise crítica da história econômica do país, destacando a importância da inovação como motor do desenvolvimento e da transformação social. Ele argumenta que a inovação deve ser orientada para resolver os principais desafios sociais, como a desigualdade, a pobreza e a exclusão social.
Segundo Furtado, o Brasil enfrentou sérios desafios em seu processo de desenvolvimento econômico, como a falta de capital e tecnologia. Ele defendeu a necessidade de desenvolver um ecossistema de inovação que permitisse ao país superar esses desafios e promover um desenvolvimento mais equitativo e sustentável.
Furtado destacou a importância de um ambiente institucional favorável à inovação, incluindo políticas públicas que incentivem a pesquisa e o desenvolvimento, a formação de recursos humanos qualificados e o acesso a financiamento para a inovação. Ele argumentou que o Estado deveria desempenhar um papel fundamental no fortalecimento do ecossistema de inovação, atuando como um catalisador para o desenvolvimento de novas tecnologias e a criação de novas empresas.
Além disso, Furtado defendeu a importância de uma abordagem participativa para a inovação, envolvendo a participação ativa de trabalhadores, consumidores e outras partes interessadas no processo de inovação. Ele argumentou que essa abordagem poderia ajudar a garantir que a inovação fosse orientada para resolver os principais desafios sociais, e não apenas para maximizar os lucros das empresas.
Em resumo, para Furtado, o fortalecimento do ecossistema de inovação no Brasil exigiria uma abordagem participativa, instituições favoráveis à inovação e uma atuação ativa do Estado. Ele argumentou que a inovação poderia ser uma poderosa ferramenta para promover o desenvolvimento econômico e social, desde que fosse orientada para resolver os principais desafios enfrentados pela sociedade brasileira.